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Passfolio Residentes em Angola “banidos” da Plataforma

Passfolio Residentes em Angola “banidos” da Plataforma

Depois da E-toro no inicio do ano, esta semana foi a vez da Passfolio, outra plataforma que permite negociar activos nas bolsas de valores dos EUA, Europa e Ásia, que deixou de aceitar clientes angolanos e dá a estes clientes até 1 de Agosto para transferir os seus activos para outra correctora.

Os residentes em Angola voltaram a ser banidos na segunda-feira de mais uma plataforma que permite a negociação de diferentes classes de activos na bolsa de valores, a Passfólio, que deu aos residentes em Angola até dia 1 de Agosto para transferirem os seus activos para outra correctora. Na nota enviada aos investidores, a correctora não esclarece as razões para desistir dos clientes angolanos.

Entretanto, o Expansão apurou que no inicio do ano a correctora e-Toro seguiu o mesmo caminho e no seu site adicionou Angola à lista de países em que os seus serviços já não estão disponíveis. A plataforma de negociação esclarece que não pode mais oferecer a plataforma de investimento e-Toro a novos usuários em vários países e territórios “devido a requisitos regulatórios e decisões de negócios com base em considerações de genericamente de risco”.

Passfolio Residentes em Angola

Especialistas ouvidos pelo Expansão revelaram desconhecer qualquer directiva dos Estados Unidos e da Europa que iniba a negociação de investidores residentes em Angola, mas esclarecem que normalmente esta tomada de decisões por parte destas empresas está associado a países de alto risco, como é o caso de Angola por conta de questões de compliance.

“Alguns detentores de fundos têm enormes dificuldades em justificar, no estrangeiro, a origem destes fundos. O que permite que os mercados financeiros sejam muito utilizados para lavagem de dinheiro. Seria essencialmente essa questão”, admite um trader que solicitou anonimato.

Escândalo GameStop despertou atenções

O trader vai mais longe e clarifica que quando houve o escândalo da GameStop algumas plataformas tornaram-se mais rigorosas em relação aos seus clientes e houve muitas que não estavam mesmo a aceitar clientes novos. O escândalo da retalhista norte-americana de videojogos aconteceu no ano passado e teve como base a existência de uma série de traders nos Estados Unidos da América que entraram em conluio para negociar numa direcção que permitisse que as acções desta pequena empresa estivessem sobre valorizadas.

Passfolio – Residentes em Angola “banidos” de plataforma de negociação nas bolsas

O congresso norte-americano abriu um inquérito para apurar as fraquezas e forças da legislação em vigor bem como perceber que tipo de critérios eram utilizados para cadastro e aceitação de usuários destas plataformas de negociação. Foi um tema que levantou vários questionamentos sobre a eficácia e necessidade destas plataformas de trading e a segurança vs. ameaça que estas representam nos mercados de bolsa. Apesar de algumas das principais plataformas internacionais ainda aceitarem clientes angolanos, alguns especialistas questionam-se até quando e alertam os investidores residentes no País para estarem atentos e evitarem ser “presa fácil” de corretores que estão em offshore.

De acordo com Steven Santos, o director de trading do Banco BIG, um banco digital que actua em Moçambique, Espanha e Portugal, os riscos de determinadas plataformas offshore são a ausência de regulamentação no país de residência do investidor. Outro risco é o da existência de fundos de garantia inexistentes ou aplicáveis apeas no país de origem do broker, o que exigiria elevados custos jurídicos em caso de litigância para recuperar activos.”, refere o trader.